Custo Padrão

O custo padrão surgiu da necessidade de antecipação da informação de custos dos produtos, a fim de que se tomasse decisão antecipada de viabilidade de negócios. Tal custo é calculado com base em eventos futuros de custos ou eventos desejados de custos, que podem ou não acontecer na realidade da empresa. Sendo assim, este modelo pré-estabelece valores que servirão de base para o direcionamento gerencial de uma organização.
Perez Jr. (2011, p.166) descreve:
Conceitua-se custo-padrão como aquele determinado, a priori, como sendo o custo normal do produto. È elaborado considerando um cenário de bom desempenho operacional, porém levando em conta eventuais deficiências existentes nos matérias e insumos de produção, na mão-de-obra etc. De qualquer forma, é um custo possível de ser alcançado.
A grande finalidade do custo padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O custo padrão não elimina o real, nem diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom sistema de custo real (MARTINS, 2010).
Neste contexto, apresenta-se o custo padrão como ferramenta indispensável para o controle dos custos das operações e das atividades empresariais. Para o supermercado este custo não é vantajoso, pois alguns produtos têm oscilações consideráveis de preço, tais como: produtos de pico de venda no natal, e na páscoa, considerados produtos sazonais.
Outra finalidade é decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, pelo efeito psicológico sobre o pessoal podendo ser positivo ou negativo. Sendo assim, o grupo de indivíduos envolvidos no processo de desenvolvimento, das metas empresariais irão buscar assimilar e almejar suas ações de acordo com os valores pré-estabelecidos no custo padrão.
Se o padrão for fixado considerando-se metas difíceis, mas não impossíveis de serem alcançados, acabará por funcionar como alvos e desafio realmente de todo pessoal, com mais ênfase ainda, se tiver sido firmado com a participação dos responsáveis pela produção. Haverá uma preocupação por parte dos altos administradores em analisar as comparações e eliminação das divergências que favorecerá o desempenho empresarial.
Enquanto que se o padrão for fixado com base num conceito ideal, cada funcionário já saberá de antemão que o valor é inatingível, que todo e qualquer esforço jamais culminará na satisfação máxima de objetivo alcançado, e poderá haver a criação de um espírito psicológico individual e coletivo amplamente desfavorável. Com esse aspecto a empresa irá trabalhar com um limitado foco impedindo em certos momentos um desempenho superior.
O estabelecimento sistemático e conciso da formação do custo padrão contribuirá para redução das diferenças encontradas entre o padrão e o real, por ocasião de suas comparações. O alto escalão e níveis inferiores da empresa deverão estar conscientes de que essas diferenças encontradas serão reduzidas e/ou eliminadas, pois, de pouca ou nenhuma utilidade terá as informações dos relatórios, se estas não tiverem as soluções adequadas. O controle culmina com as medidas de correção, com os relatórios das divergências e assim sendo, perdida a grande função de controle, desaparece a razão de ser do custo padrão (LEONI, 2010).
Outra importante utilidade decorrente do custo padrão diz respeito à obrigação que cria na empresa para o registro e controle não só dos valores monetários de custos, mas também das quantidades físicas de fatores de produção utilizados.

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